quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Tristeza

“Porque a tristeza, segundo Deus, opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo gera a morte.”
— Paulo. (2ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, capítulo 7, versículo 10.)


O homem chegou em casa, naquela noite, trazendo o mau humor que o caracterizava há alguns meses. Afinal, eram tantos os problemas e as dificuldades, que ele se transformara em um ser amargo, triste, mal humorado. Colocou a mão na maçaneta da porta e a abriu. A luz acesa na cozinha iluminava fracamente a sala que ele adentrou. Deteve o passo e pôde ouvir a voz do filho de seus quatro anos de idade:
- Mamãe, por que papai está sempre triste?
Não sei, amor, respondeu a mãe, com paciência. Ele deve estar preocupado com seus negócios.
O homem parou, sem coragem de entrar e continuou ouvindo:
- Que são negócios, mamãe?
- São as lutas da vida, filho.
Houve uma pequena pausa e depois, a voz infantil se fez ouvir outra vez:
- Papai fica alegre nos negócios?
- Fica, sim, respondeu a mãe
- Mas, então, por que fica triste em casa?
Sensibilizado, o pai de família pôde ouvir a esposa explicar ao pequenino:
- Nas lutas de cada dia, meu filho, seu pai deve sempre demonstrar contentamento. Deve ser alegre para agradar o chefe da repartição e os clientes. É importante para o trabalho dele. Mas, quando ele volta para casa, ele traz muitas preocupações. Se fora de casa, precisa cuidar para não ferir os outros, e mostrar alegria, gentileza, não acontece o mesmo em casa.
- Aqui é o lar, meu filho, onde ele está com o direito de não esconder o seu cansaço, as suas preocupações.
A criança pareceu escutar atenta e depois, suspirando, como se tivesse pensado por longo tempo, desabafou:
- Que pena, hein, mãe? Eu gostaria tanto de ter um pai feliz, ao menos de vez em quando. Gostaria que ele chegasse em casa e me pegasse no colo, brincasse comigo. Sorrisse para mim. Eu gostaria tanto...
Naquele momento, o homem pareceu sentir as pernas bambearem. Um líquido estranho lhe escorreu dos olhos e ele se descobriu chorando.
Meu Deus, pensou. Como estou maltratando minha família.
E, ainda emocionado, irrompeu pela cozinha, abriu os braços, correu para o menino, abraçou-o com força e lhe convidou:
- Filho, vamos brincar?
-.-.-.-
Há tempos a sombra da tristeza vem abatendo  muitos corações, trazendo pesar e angustias... familias que não dialogam, trabalhadores infelizes com suas ocupações, pessoas que vêem a vida em tons cinzas e pretos... apesar de todos os recursos e facilidades a disposição do ser humano, o encontramos muitas vezes melancólico e desesperançado quanto a vida e seu futuro.
É certo que todos somos humanos, temos nossos momentos de dificuldade e muito natural que tenhamos momentos de tristeza. Inclusive médicos, psicólogos e psicanalistas do mundo todo começam a levantar uma bandeira que pode parecer estranha: a de que a tristeza não deve ser evitada a qualquer custo, pois faz parte do nosso cotidiano e até nos ajuda a crescer. “Há um sentido existencial nesse sentimento, pois ele nos faz questionar a nossa vida e buscar caminhos alternativos”, defende o psicólogo Fabiano Murgia, de São Paulo, em entrevista a revista Saúde é Vital e também autor do livro Salve a Depressão (Editora Edicta). Ele acredita que os quadros depressivos geralmente são criados por emoções mal resolvidas. Essa tristeza podemos considerar ser a “tristeza segundo Deus”, nas palavras de Paulo de Tarso. É como um “cair” em si, nos fazendo despertar para nosso intimo, para nossos sentimentos e como estamos conduzindo nossa vida. Quando nos percebemos numa encruzilhada e decidimos que temos de mudar nossos hábitos e forma como enxergamos o mundo. Libertamos-nos do pesar e das culpas, do orgulho e da vaidade e decidirmos dar valor ao que realmente importa em nosso caminho. Em geral o homem de hoje, nas sábias palavras de Dalai Lama, perde a saúde para ganhar dinheiro e depois gasta todo dinheiro para recuperar a saúde, vive como se não fosse morrer e morre como se não tivesse vivido. Inevitavelmente acaba se angustiando por não encontrar a felicidade no materialismo da sociedade. A angustia deve ser encarada como o “termômetro” da alma... quando temos febre, não é ela em si o problema. Nosso organismo está indicando que há algo errado com ele. Quando estamos angustiados é um sinal da alma, nos avisando que algo em nosso mundo intimo necessita ser modificado.

Mas há também uma segunda tristeza, a “tristeza do mundo”, que vem atormentando a muitos de nós... quando saímos daqueles  momentos de tristeza para uma vida de tristeza, aflição, reclamações e queixas sem parar contra Deus e o mundo, revivendo com insistência quadros tristes vividos no passado, pessimismo e a tão famosa melancolia (falta de prazer nas atividades diárias, desânimo sem uma causa real, como a morte de um ente querido, por exemplo), que é considerada uma das características da depressão. Já no século V a.C., Hipócrates, considerado Pai da Medicina, classificou a melancolia como doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença atinge cerca de 121 milhões de pessoas no planeta. Desse total, apenas 25% recebem tratamento adequado. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capitulo V, o espírito François de Genéve, nos questiona: Sabeis por que uma vaga tristeza se apodera por vezes de vossos corações, e vos faz sentir a vida tão amarga? E assevera: É o vosso Espírito que aspira à felicidade e à liberdade, mas, ligado ao corpo que lhe serve de prisão, se cansa em vãos esforços para escapar. E, vendo que esses esforços são inúteis, cai no desânimo, fazendo o corpo sofrer sua influência, com a languidez, o abatimento e uma espécie de apatia, que de vós se apoderam, tornando-vos infelizes.

É nosso descaso da nossa realidade de espíritos imortais, destinados a construir a própria felicidade através de seu trabalho não só material, mas também espiritual, que nos faz entrar em desespero, nos revoltar e nos entregarmos a desesperança diante dos problemas da vida. Se vivêssemos na plena certeza de que cada dificuldade é um degrau a mais, que serve para nos alavancar no progresso espiritual, não haveriam obstáculos que não superassemos. Essa tristeza segundo o mundo realmente nos conduz a morte... a morte da alegria, da paz, da felicidade, que em muitos casos levam pessoas a fuga da própria vida, através do suicidio! Por isso nos pede François : Acreditai no que vos digo e resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. Essas aspirações de uma vida melhor são inatas no Espírito de todos os homens, mas não a busqueis neste mundo(...)Pensai que tendes a cumprir, durante vossa prova na Terra, uma missão de que já não podeis duvidar, seja pelo devotamento à família, seja no cumprimento dos diversos deveres que Deus vos confiou. Por isso devemos estar atentos diante das lutas que surgem em nossa estrada, sejam no trabalho, sejam no ceio da família. É a missão que nos cabe realizar para nossa verdadeira felicidade. A lutas diarias se compõe de mil vicisitudes que acabam por nos ferir. Mas jamais nos entregarmos logo no primeiro “round” . Devemos persistir e crer que a vida deve e pode ser melhor, seguindo o conselho de Paulo em sua epistola aos Tessalonicenses 5:8, “tende por capacete a esperança na salvação”!!
Protejamos nossa mente do desânimo, com o constante otimismo, a perseverança de quem sabe possuir em si a força, a coragem, a luz que Jesus asseverou que devêssemos fazer brilhar e não colocá-la escondida sob o alqueire de nossos medos e inseguranças. Não tenhamos medo de encarar as sombras que muitas vezes acalentamos em nosso intimo, pelo contrario, façamos luz sobre elas a fim de que sejam dissipadas. Vamos assumir nossa grande missão de sermos felizes e fazermos felizes os que estejam a nossa volta. Sejamos alegres e façamos os outros alegres. Se surgir a tristeza natural, que faz parte da nossa jornada, mas não deixemos que ela governe nossa vida, que ela sirva de instrumento de renovação. Sejamos artistas que pintam o quadro da vida em tons multicolores. Trabalhemos pela nossa segurança intima. Como diz um velho provérbio hindu, “o coração que está em paz vê uma festa em todas as aldeias”. Grande abraço a todos!!

Diogo Caceres

terça-feira, 1 de setembro de 2009

TEMPO DE CONFIANÇA



Todos já vivemos tempos de turbulência em nossas vidas. Momentos de dor, de dificuldades que se assemelham a terrível tempestade que ameaçam virar o barco de nossa vida... surgem essas tempestades de diversas formas: uma doença, um conflito com o parente difícil, problemas no trabalho, a partida de um ente querido, a desilusão que vem de forma inesperada, etc. Situações que muitas vezes parecem espremer o coração.

Há séculos atrás o Divino Amigo Jesus, como relatado em Marcos, 4:35-41, nos passa significativa lição sobre o assunto. Após um dia a consolar e envolver as multidões em suas palavras e vibrações de amor, disse aos discípulos que deveriam atravessar o mar da Galiléia, também conhecido como lago de Genesaré. Adentrando ao barco Jesus se recosta a popa do barco e começa a dormir. Em meio a viagem, o céu antes azul e sem nuvens, dá lugar a terrível temporal, nuvens escuras, raios faíscam, ondas sobem por cima do barco... assustados os discípulos correm a acordar o Mestre Amigo: socorre-nos que perecemos, afirmam!!
Jesus levanta-se, repreende o vento e diz ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança. E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé? E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem? Cena memorável, que mexe com nossos pensamentos e sentimentos e nos leva também a nos questionar: onde está a nossa fé?
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capitulo 19, em Instrução dos Espíritos, um Espírito Protetor afirma: A fé é o sentimento inato, no homem, da sua destinação. É a consciência das prodigiosas faculdades que traz em germe no íntimo, a princípio em estado latente, mas que ele deve fazer germinar e crescer, através da sua vontade ativa. Nos dias atuais vemos a realidade dessas faculdades prodigiosas, demonstrada pela própria ciência que confirma os benefícios da fé no controle de uso de drogas e de álcool; influência na não participação em crimes; ainda, diversos estudos descobriram que altos níveis de comprometimento religioso resultam em níveis mais baixos de depressão e estresse, e também na estabilidade familiar, recuperações de enfermidades graves, seja pela convicção própria como também pela intervenção de terceiros, através da prece. O Espírito Protetor ainda assevera: A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. O homem de gênio, que persegue a realização de um grande empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si mesmo que pode e deve triunfar, e essa certeza íntima lhe dá uma extraordinária força. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher a sua vida com nobres e belas ações, tira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda nesse caso se realizam os milagres da caridade, do sacrifício e da abnegação. Por fim, não há más inclinações que, com a fé, não possam ser vencidas.

Cientes disso, pegamo-nos a refletirmos: dizemos muitas vezes que somos pessoas de fé, que confiamos, que fazemos e desfazemos, mas diante do primeiro obstáculo desanimamos, desistimos e acreditamos que não será possível continuar. Quantas vezes nos apegamos a superstições como solução de nossos temores ou problemas? Conhecia um colega que não saia de casa sem um pé de coelho de casa, senão dava “má sorte”... o curioso é que o pé não havia dado sorte ao coelho. O mesmo se dá com os signos, os jogos de cartomancia, etc. Isso ocorre porque muitas vezes nós possuímos uma fé sem bases, dizemos que acreditamos, mas não sabemos por que acreditamos em algo. Nesse sentido, a fé pode ser racionada ou cega. A fé cega nada examina, aceitando sem controle o falso e o verdadeiro, e a cada passo se choca com a evidência da razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Quando a fé se firma no erro, cedo ou tarde desmorona. Por isso inevitável afirmarmos com Allan Kardec, codificador da doutrina Espírita: "só é inabalável a fé que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade".

Em verdade só descobrimos a fé inabalável diante dos embates do caminho... a fé é testada diante das inúmeras provações, que mais não fazem do que burilar nosso intimo, fazendo despertar as faculdades prodigiosas que todos possuímos... inúmeros dos milagres de toda a historia humana se explicam por essa capacidade divina em nós, que nada mais é que resultado de uma lei natural, apenas desconhecida do homem, como também era desconhecida a eletricidade, o magnetismo, a força da gravidade. Somos como o minério bruto que retirado da natureza é lapidado até se transformar num brilhante diamante!! Mas para que possamos superar os golpes do “ourives” que é a vida, precisamos acreditar em nosso potencial, compreendermos que há uma Inteligência Superior, que deixa sua assinatura na natureza em nossa volta. Que nos criou para a felicidade, que é construída diariamente a cada superação, a cada vitória, por mais pequenina que seja. Sejamos então otimistas, mesmo diante das maiores dificuldades, por que essa é a verdadeira lógica. Como disse Helen Keller, escritora, conferencista e ativista social estadunidense ( que ficou cega e surda, desde tenra idade, um dos maiores exemplos de que as deficiências sensoriais não são obstáculos para se obter sucesso), “o otimismo é a fé em ação. Nada se pode levar a efeito sem otimismo”.

O que não nos faltam são exemplos da importância dessa fé em ação e de como sua ausência pode nos atravancar o caminho. A primeira mulher a atravessar a nado o Canal da Mancha foi uma jovem de vinte anos de idade. Seu nome era Gertrude Ederle e esse fato se deu no dia 6 de agosto de 1926. Depois dela, uma outra mulher, de trinta e quatro anos, Florence Chadwick, tornou-se a primeira mulher a atravessar o Canal da Mancha, nos dois sentidos. Mas, em 1952, essa mesma mulher decidiu atravessar a nado os 33 km entre a Ilha de Catalina e Long Beach, na Califórnia. O dia 4 de julho, escolhido para a proeza, não estava propício. A manhã estava muito fria e havia um nevoeiro intenso. Ela se preparou e mergulhou na água. Contudo, mal conseguia ver os barcos que a acompanhavam. O nevoeiro era denso. O frio e o cansaço não conseguiam fazê-la desistir. Ela podia ouvir as vozes de incentivo do treinador. Contudo, as forças a foram abandonando. Ela continuou nadando. Era a sua determinação a lhe ordenar que prosseguisse. Mas, um pouco antes de chegar à praia, ela pediu para ser recolhida a bordo. De nada valeram as rogativas de sua mãe e de seu treinador.
-Não posso mais! Não agüento mais! Dizia ela. Minutos depois ela descobriu que restavam apenas oitocentos metros para chegar à praia. Ante a desolação dos que lhe seguiam os esforços de perto, incentivando-a, falou: "não estou dando desculpas, mas se eu tivesse conseguido ver a praia, poderia ter chegado até lá." Florence Chadwinck foi vencida não pelo frio, nem pelo cansaço. Foi derrotada pelo nevoeiro. Com os homens, ocorre de forma semelhante. O nevoeiro da incredulidade interfere em muitos caminhos,  nos entregando à desesperança, desistindo as vezes muito perto de alcançarmos a vitória.
Que, portanto, possamos construir em nosso dia-a-dia a fé que nos permita a serenidade diante das lutas, a coragem que nos impulsiona a superação, o otimismo que jamais nos deixe cair no poço escuro do pessimismo, o amor que nos auxilie a compreender a todos a nosso volta. Hora de assumirmos o leme do barco da vida, não nos desesperando mais diante das tempestades que surgirem no percurso. Não estamos sós, há sim uma Providencia a nos amparar em todos os momentos. É chegado o tempo da confiança, que nos permita enxergar o destino a que nos propomos chegar, com perseverança e muito alegria. Abraço a todos!

Diogo Caceres

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A Lei de Amor

"Não existe maior incitamento ao amor do que adiantar-se a amar." (Santo Agostinho)

Dizem que o bom filho a casa torna, pois aqui estou de regresso, nesse recanto de reflexão, retomando as atividades da minha casa, do lar onde deposito e compartilho meus sentimentos e pensamentos, afinal lar é onde o coração está! Desde já peço que todos os amigos perdoem essa ausência.
Retorno com muito amor no coração, pois creio que o amor é a solução para as dificuldades de qualquer pessoa. Não falo aqui do amor no sentido vulgar do termo, pois inúmeras vezes o confundimos com as paixões do dia-a-dia, com desejo e até com sexo casual. Me refiro aquele Sol Interior que nos aquece a alma e ilumina a todos em nosso redor, trazendo coragem para as lutas e esperança de dias melhores. Falo daquela elevação de sentimento que nos permite doarmo-nos ao nosso semelhante, vencendo qualquer barreira entre nós, pois como disse o romancista Dostoievski, “amar alguém significa ver essa pessoa como Deus a concebeu”.
E falando de amor, não podemos ter referência melhor do que a do doce rabi da Galiléia. Homem tão extraordinário,  marcou inesquecívelmente a humanidade, que a própria historia é dividida em antes e após ele. Certa feita, novamente cercado pela multidão de sofredores de todos os tipos, em busca de consolo, de amparo, de esperança, numa região tão árida, de corações muitas vezes tão áridos quanto, é interrogado por um doutor da lei: “Qual o maior preceito da lei?”. E o Divino Amigo lhe responde, diante da multidão atenta: “O maior mandamento é este: amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” E continuou: “o segundo é semelhante a este: amarás o teu próximo como a ti mesmo” E concluiu: “Nestes dois mandamentos estão contidos toda a lei e os profetas” (Matheus 22,34-41). Onde antes havia a lei do mais forte, onde habitava a lei da revanche, da discórdia, do “olho por olho, dente por dente”, passava, com Jesus, a ser compreendida a realidade da Lei do Amor. Lei que iguala a todos os homens, sejam ricos ou pobres, brancos ou negros, homens ou mulheres, pois necessitamos uns dos outros e devemos concorrer para a felicidade de todos!!
Já se passaram mais de 2.000 anos, quando Jesus pronunciou a divina palavra amor, iluminando corações de tal forma, que inúmeros não se importaram de sacrificar a própria vida em nome de ideal tão elevado, mas observando a situação atual de nossa sociedade, com avanços fantásticos na medicina, na era dos jatos supersônicos, no dia-a-dia com os meios de comunicação, como a internet, que nos permite nos relacionarmos com pessoas de qualquer ponto do planeta, ecoa grande questão no ar: nós vivemos numa sociedade que vivencia plenamente o amar ao próximo como a si mesmo? Nós aprendemos a amar?
Observando o homem dos dias de hoje, aflito, angustiado, enfrentando a chamada doença do século, a depressão, chegamos a conclusão que não. Quantas pessoas encontramos em nosso dia-a-dia que se afirmam infelizes, ou se não dizem demonstram pelo desanimo, pela desesperança, pela amargura e revolta? Apesar do avanço dos meios de comunicação, que nos permite cada vez mais contato uns com os outros, ainda não aprendemos a lidar com nosso semelhante, a nos relacionar. Exacerba o egoísmo, o individualismo, a competição. Mesmo diante de tantas facilidades da atualidade, vemos que mais até do que pão, o homem tem necessidade de amor. E muitos já afirmam: sou carente de amor, não sou amado!!! Mas a grande realidade é que somos carentes de amar. Não ser amado é uma simples desventura, a verdadeira desgraça é não saber amar.
Há diversos exemplos de pessoas que desistiram de se relacionar com o próximo, por decepções e desilusões que sofreram, como certa senhora, cuja a casa parecia um canil, devido o grande número de animais que possuía. Até aí nada de extraordinário, mas o que chamava a atenção era o fato de um dos cães comer a mesa com ela e dormir na mesma cama. As pessoas achando estranho a situação, lhe perguntaram: - por que este cão come e dorme com você? Porque eu decidi que vou gostar só de bicho, o ser humano é muito complicado, respondeu ela.
- Mas por que você pensa assim? Respondendo: - Olha, eu me decepcionei tanto com as pessoas que agora só quero o amor dos cães. Eles não traem, não mentem e melhor de tudo, obedecem sem reclamar!!! Isso acabou se tornando uma fuga para ela por não aprender a lidar com seus sentimentos.

O amor é uma construção diária, mas para alcançá-lo precisamos aprender a gostar das pessoas, por mais complicadas que elas sejam... É necessário erguermos o edifício do amor, através do convívio. Em O Livro dos Espiritos, na questao nº 768, Allan Kardec pergunta aos Espíritos superiores: O homem, ao buscar a sociedade, obedece apenas a um sentimento pessoal ou há também nesse sentimento uma finalidade providencial, de ordem geral? E eles lhe respondem: — O homem deve progredir, mas sozinho não o pode fazer pois não possui todas as faculdades; precisa do contato dos outros homens. No isolamento ele se embrutece e se estiola.
Então conviver é uma lei natural... devemos buscar o próximo para nosso crescimento intelectual, mas também moral!!! E para isso temos que nos concentrar não nos seus defeitos, mas nas suas qualidades... por mais diferente que alguém nos pareça, sempre possui uma qualidade. Precisamos nos focar na dor que o nosso semelhante possui e como podemos minorá-la e meus amigos, se abrirmos nossos olhos, quantas dores maiores que as nossas vamos encontrar. Utilizarmos nossa vontade de nos aproximarmos do outro. E para isso, inevitável, precisamos trabalhar nossa sensibilidade para com o próximo. Conta o escritor Tom Anderson que certa vez ouviu alguém afirmar que o amor deve ser exercitado como um ato da vontade. Uma pessoa pode demonstrar amor através de gestos simples. Impressionou-se com o que ouviu. Reconheceu-se egoísta e que havia se tornado insensível ao amor familiar. Ficou imaginando que poderia melhorar o relacionamento afetivo se deixasse de criticar tanto a esposa e os filhos. Se não ligasse a televisão somente no canal de seu interesse. Se deixasse de se concentrar na leitura do jornal e desse um pouco de atenção aos familiares. Durante as férias de duas semanas, em que estavam juntos na praia, decidiu ser um marido e pai carinhoso.
No primeiro dia, beijou a esposa e falou como ela estava bem, vestindo aquele suéter amarelo. Você reparou! – falou admirada. Logo que chegaram à praia, Tom pensou em descansar. Mas a esposa o convidou para dar um passeio, junto ao mar. Ia recusar, mas lembrou da promessa que fizera a si mesmo, por isso foi com ela. No outro dia, a esposa o convidou para visitar um museu de conchas. Ele detestava museus, mas foi. Numa das noites, não reclamou quando a ela demorou demais para se arrumar e eles chegaram atrasados a um jantar. E assim se passaram doze dias. As férias estavam por terminar. Entretanto, Tom fizera a promessa de continuar com aquela disposição de expressar amor. Foi então que ele surpreendeu a esposa muito triste. Perguntou-lhe o motivo, ela lhe indagou: você sabe de alguma coisa que eu não sei?

Por que pergunta? Disse o marido. Bem, é que eu fiz aqueles exames rotineiros há algumas semanas. Segundo me disse o médico, estava tudo bem. Mas, por acaso ele disse alguma coisa diferente para você? Não, afirmou Tom. Claro que não. Por que deveria?
É que você está sendo tão bom para mim que imaginei estar com uma doença grave, que iria morrer. Não, querida, tornou a falar Tom, sorrindo, você não está morrendo. Eu é que estou começando a viver.

E da mesma forma, começamos nós também a viver, a partir que nos permitamos nos sensibilizar com o próximo, nos colocar em seu lugar, fazendo a ele tudo que gostaria que nos fizesse, não importando se retribui ou não esse amor. Jesus foi o Mestre da Sensibilidade! Vemos um episodio do evangelho, Jesus visitando certa aldeia, cercado mais uma vez de uma multidão.... lá um publicano de nome Zaqueu deseja ardentemente ver esse novo profeta que traz uma mensagem de Paz e de amor, dessedentando a tantos sequiosos da água divina de seu coração. Não podendo se aproximar, Zaqueu sobe em uma arvore para ver Jesus... Jesus o vendo, pede que desça pois ficará em sua casa... Zaqueu desce feliz da vida, emocionado pela consideração... estando já em casa diante de Jesus e dos discípulos, assevera que restituirá a quem prejudicou ao quádruplo e dará metade de sua fortuna aos pobres, tão tocado que foi por Jesus e seu exemplo renovador! Tudo isso porque Jesus teve a sensibilidade de ver através do "publicano"... assim como viu alem da mulher possuída por espíritos malignos em Maria de Magdala, que encerra sua caminhada terrena com o coração iluminado de amor socorrendo aos desamparados no Vale dos Leprosos. Assim como viu alem do que o doutor da lei fanático e perseguidor de cristãos em Saulo de Tarso, vindo a convidá-lo na estrada de Damasco, a espalhar sua boa nova, a Lei de Amor, como Paulo de Tarso a todos os povos. Ora, Paulo compreendeu de tal forma esse Amor que nos deixa enternecidos com sua I Epistola aos Corintios, capitulo 13: 1-13: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá”... e encerra, magistralmente afirmando: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor”.

Sem dúvida, é o amor que nos abre as portas do pensamento e do coração à vida. É ele que nos ilumina o caminho, afim de sabermos para onde seguir. É o amor, o legado que o Divino Mestre nos deixou para tornarmos nossa vida realmente grandiosa... se há alguma grande lição a aprendermos em nossa caminhada, com toda certeza é o Amor!!

Diogo Caceres

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A PRECE



Um recurso muito eficaz em meio a tantas lutas que enfrentamos e que muitas vezes esquecemos de utiliza-lo é a prece. Muitas vezes mal compreendida, não percebemos o potencial de renovação e paz encontrada numa prece proferida pelo coração!! Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, diz Allan Kardec : Os Espíritas sempre disseram: “A forma não é nada, o pensamento é tudo. Faça cada qual a sua prece de acordo com as suas convicções, de maneira que mais lhe agrade, pois um bom pensamento vale mais do que numerosas palavras que não tocam o coração”. Os Espíritos não prescrevem nenhuma fórmula absoluta de preces, e quando nos dão alguma, é para orientar a nossa idéia, e sobretudo para chamar a nossa atenção sobre certos princípios da doutrina espírita. Ou ainda com o fim de ajudar as pessoas que sentem dificuldades em exprimir suas idéias, pois estas não consideram haver realmente orado, se não formularam, bem os seus pensamentos.
Vemos pelo comentario que a força da prece não está propriamente nas palavras usadas, mas no pensamento unido ao sentimento com que ela é feita. Diz ainda Kardec no Cap. XXVII, de O Evangelho Segundo o Espiritismo: O Espiritismo nos faz compreender a ação da prece, ao explicar a forma de transmissão do pensamento, seja quando o ser a quem oramos atende ao nosso apelo, seja quando o nosso pensamento eleva-se a ele. Para se compreender o que ocorre nesse caso, é necessário imaginar os seres, encarnados e desencarnados, mergulhados no fluido universal que preenche o espaço, assim como na Terra estamos envolvidos pela atmosfera. Esse fluido é impulsionado pela vontade, pois é o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, enquanto as do fluido universal se ampliam ao infinito. Quando, pois, o pensamento se dirige para algum ser, na terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som.
E essa explicação fica mais clara diante das recentes pesquisas medicas sobre o assunto, como do médico Randolph Byrd, do Hospital Geral de São Francisco, na California, EUA. Ele pesquisou um grupo de 393 pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) coronariana que recebiam o mesmo tratamento médico. Eles foram divididos em dois grupos e um deles recebia prece intercessória a distância. Os resultados da pesquisa mostraram que, após receberem preces, os doentes melhoravam em alguns aspectos. Eles necessitavam de menos medicamentos como antibiótico e diurético, sofriam menos edema de pulmão e insuficiência cardíaca e quase não precisavam ser entubados para manutenção da respiração. Pesquisa semelhante tambem realizou o médico e professor titular de Imunologia da Faculdade de Medicina (FMD) da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Eduardo Tosta, o diferencial foi o envolvimento de pessoas sadias, no lugar de enfermos. Participaram 52 estudantes de medicina, divididos em pares do mesmo sexo e da mesma idade. A idéia era verificar se a prece intercessória a distância poderia alterar a função de células de defesa, como os monócitos e os neutrófilos. Para a satisfação da equipe, os resultados revelaram que as células de defesa sofreram influência da prece. Quando os indivíduos que receberam a prece foram comparados com os que não receberam, ou o mesmo indivíduo foi comparado antes e depois de ser alvo da prece, comprovou-se que a prece aumentou a estabilidade da função celular, o que quer dizer que as células funcionaram melhor. “Quando interpretamos os dados, observamos que a prece teve o papel de induzir equilíbrio e isso faz sentido, já que em medicina equilíbrio é sinônimo de saúde”, explica o pesquisador responsável pelo estudo.


Realmente dia-a-dia o homem vem sendo chamado a prestar mais atenção em seu equibrio para alcancar uma saúde integral e a prece é um excelente recurso para o bem-estar, nos mantendo em contato com as forças sublimes da vida espiritual, pois quanto mais nos apegamos ao lado material e transitório, mais sofremos, mais dificuldades possuimos para superar as adversidades da nossa jornada. A prece nada tem que ver com formulas misticas, mas é potencial realizador em nossas vidas... que possamos nos tornar mais conscientes disso e de pensamento limpo, adentrarmos ao quarto de nosso coração, assim como Jesus nos recomendou, e na simplicidade e silencio de seu interior, falarmos com o Pai Maior, que na verdade não está nada distante de nós, mas encontra-se, invariavelmente, dentro de nós mesmos. E que assim possamos cultivar em nosso caminho a Sua Luz e Paz, como nos inspira a prece abaixo, feita pelo espirito Agar, transmitida a nós pela mediunidade de Chico Xavier:

Pai de infinita Bondade, sustenta-nos o coração no caminho que nos assinalaste!
Infunde-nos o desejo de ajudar àqueles que nos cercam, dando-lhes das migalhas que possuímos para que a felicidade se multiplique entre nós.
Dá-nos a força de lutar pela nossa própria regeneração, nos círculos de trabalho em que fomos situados, por teus sábios desígnios.
Auxilia-nos a conter as nossas próprias fraquezas, para que não venhamos a cair nas trevas, vitimados pela violência.
Pai, não deixes que a alegria nos enfraqueça e nem permitas que a dor nos sufoque.
Ensina-nos a reconhecer tua bondade em todos os acontecimentos e em todas as cousas.
Nos dias de aflição, faze-nos contemplar tua luz, através de nossas lágrimas e nas horas de reconforto, auxilia-nos a estender tuas bênçãos com os nossos semelhantes.
Dá-nos conformação no sofrimento, paciência no trabalho e socorro nas tarefas difíceis.
Concede-nos, sobretudo, a graça de compreender a tua vontade seja como for, onde estivermos, a fim de que saibamos servir em teu nome e para que sejamos filhos dignos de teu infinito amor.
Assim seja.


Diogo Caceres

terça-feira, 7 de abril de 2009

O lirismo (aqui e no além) de Guilherme de Almeida

Bom dia amigos e amigas que acompanham esse blog. Peço imenso perdão pela ausencia, mas depois de uma temporada afastado retorno com muita saudades de todos!! Agradeço muito o carinho de todos que nesse periodo passaram e deixaram seus pensamentos e opiniões, que Deus os abençoe sempre!! Agradeço tambem, a minha amiga Deia (bluebutterfly - http://www.aparakaki.blogspot.com/), pelo apoio e insentivo constante, realmente uma menina de ouro!!! Bem retorno com essa matéria, desejoso que todos tenham uma semana recheada de paz e que possam traçar mais algumas linhas da linda poesia que é a vida de cada um que por esse caminho passa!!! Grande abraço!!






Guilherme de Almeida nasceu em 24 de julho de 1890, em Campinas, SP, e morreu na capital paulista, em 11 de Julho de 1969. Em 1912, concluiu a Faculdade de Direito de São Paulo. Contudo, durante anos, a profissão que exerceu foi a de redator nos jornais O Estado de São Paulo, Folha da Manhã, Folha da Noite e Diário de São Paulo. Além disso, fundou o Jornal de São Paulo e também foi presidente da Associação de Imprensa.
Guilherme de Almeida participou ativamente da Semana da Arte Moderna em 1922. Pertenceu à Academia Brasileira de Letras e a diversas instituições culturais estrangeiras. Suas poesias foram publicadas pela primeira vez em 1917, no livro Nós. Vieram depois: A Dança das Horas (1919), Messidor (1919), Encantamento (1925) e outros, num total aproximado de 50 volumes, incluindo prosa e traduções.
Apreciemos o lirismo de Guilherme de Almeida em dois poemas: Nós, composto quando encarnado e Terceiro Soneto, recebido pelo médium Jorge Rizzini, publicado em Antologia do mais Além.








Nós
(Guilherme de Almeida - Encarnado)

Nessa tua janela, solitário,
entre as grades douradas da gaiola,
teu amigo de exílio, teu canário
canta, e eu sei que este canto te consola.

E, lá na rua, o povo tumultuário
ouvindo o canto que daqui se evola
crê que é nosso romance extraordinário
que naquela canção se desenrola.

Mas, cedo ou tarde, encontrarás, um dia,
calado e frio, na gaiola fria,
o teu canário que cantava tanto.

E eu chorarei. Teu pobre confidente
ensinou-me a chorar tão docemente,
que todo mundo pensará que eu canto.












Terceiro Soneto
(Guilherme de Almeida - Espirito)

Mas não te olvidei, meiga companheira!
Nem tu guardaste o meu velho retrato...
A vida é peça eterna, e a morte, um ato:
Não tem o amor limite nem fronteira!

Minha alma é da tua prisioneira...
E eis que ergo vôo, e como Ser abstrato
Avanço pelo céu - como um extrato!
Buscando a nossa casa derradeira...

E te vejo a lembrar nosso passado:
Juras de amor... bilhetes cor-de-rosa...
Alamedas... E, ali fico ao teu lado

E a nos fitar a imagem de Jesus...
E beijo tua face inda formosa,
Emoldurada por intensa luz...


Por Altamirando Carneiro - texto retirado da Ed. nº 55 da Universo Espirita

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Mal Existe?


Depois de um periodo sem conexão com a rede virtual, volto novamente agradecendo aos queridos amigos, que com muito carinho tem visitado esta pagina e depositado sua impressões e tantas palavras de afeto! Obrigado a todos, demonstram que a amizade supera qualquer distancia fisica e que sempre vale apena acreditar no bem e no amor, capaz de superar qualquer mal, apesar de, diante de muitas dificuldades do caminho, escutarmos pessoas acreditarem que estão sós, que o mal domina o mundo!!
Um professor ateu desafiou seus alunos com esta pergunta: - Deus fez tudo que existe?
Um estudante respondeu corajosamente:- "Sim, fez!"- Deus fez tudo, mesmo? - Sim, professor - respondeu o jovem.
O professor replicou:- Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mal. O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a Fé era um mito.
Outro estudante levantou sua mão e disse:- Posso lhe fazer uma pergunta, professor?- Sem dúvida, respondeu-lhe o professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:- Professor, o frio existe?- Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?
O rapaz respondeu:- Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor. - E a escuridão, existe? - continuou o estudante.
O professor respondeu: - Mas é claro que sim.
O estudante respondeu: - Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas varias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:- Diga, professor, o mal existe?
Ele respondeu: - Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal.
Então o estudante respondeu:- O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus, a ausência do Bem. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz."
Verdadeiramente o problema do mal e do bem sempre está presente em nosso caminho. Por séculos se viu a figura do mal literalmente numa criatura sobrenatural, o diabo, que aterrorizava a imaginação popular!! Mas nos tempos atuais, a mente humana já não pode conceber tal crença literalmente. Afinal pela lógica, cientes de que há um Deus, que é todo poder e bondade, não poderia esse mesmo Deus criar uma criatura destinada a eternamente prejudicar a sua propria obra. Deus é a fonte de todo Bem e nenhum mal pode sair dEle. O verdadeiro mal, na realidade, acaba se encontrando dentro do próprio homem, quando ele deixa o orgulho e o egoismo fazer ninho em seu coração!! Não foi sem razão que Jesus afirmou: "não é o que entra pela boca do homem que o contamina, mas sim o que lhe sai impropriamente do coração, pois é daí que saem as fornicações, os adulterios, os crimes, os falsos testemunhos..."!! Cabe ao proprio homem fazer uma revista intima e com certeza chegará a conclusão de que a maioria dos males que o afligem foram gerados exatamente pelos seus excessos. Assim por si mesmo chegará a conclusão que por preencher seu intimo com coisas sem valor ao invés de deixar Deus entrar em seu coração é que se encontra diante dos verdadeiros males... que deixemos nosso Pai adentrar a nossa casa intima, aliviando nossos pesares. O mal, que é a ausencia do Bem, não pode encontrar lugar em quem acredita, na amizade, na verdade e na fraternidade, que no fim das contas é encontrar o Deus em nosso intimo. Como diz a letra da musica abaixo, That's The Way It Is ( É assim mesmo), "não se renda porque você pode vencer nessa coisa chamada Amor"!! De nada adianta durante as trevas da raiva, do desespero, da angustia, erguer os punhos contra ela para afasta-la , na maioria das vezes basta acender a vela do amor no coração!!! Abraço a todos e enorme paz!!!


Um amigo



Para quem quiser conferir a letra da musica:
http://vagalume.uol.com.br/celine-dion/thats-the-way-it-is-traducao.html

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Pequenos gestos... grandes Sentimentos!


E chegamos a mais um dia, mais uma nova semana... nossa como esses dias tem corrido. Corrido de tal maneira que não podemos perder mais um minuto com coisas que não nos acrescentam nada... tristeza, amargura, melindre... tô fora!!! Cada dia novo é um chamado para que revisemos nossa vida e descartemos os sentimentos e pensamentos que servem de pedra de tropeço. Vamos nos concetrar em coisas que deixam nosso dia mais rico... um bom dia convicente, não aquele "xoxo" que a pessoa nem olha nos olhos do outro. Mas um bom dia com sorriso no rosto, passando aquela vibração de animo lá em cima!! Nunca deixemos de lado um "por favor" em nosso convivio.. a humildade é sempre essencial na relação com as pessoas... precisamos demais uns dos outros e soberba não faz bem para a saúde de ninguém!! Ah.. não podemos esquecer tambem do obrigado... reconhecer os outros é ter respeito por como suas ações nos marcam no dia-a-dia, é dar gotas de luz pela contribuição feita em prol de nossa felicidade!! "Mas são coisas muito simples", alguém pode até dizer... mas são das pequenas coisas que se alcançam as grandes... são das pequenas atenções que damos as pessoas que estão a nossa volta, que vamos construindo uma relação de paz e harmonia... se não podemos realizar de maneira digna e boa as pequenas coisas da vida, como é que trataremos das grandes? Acredito que nenhuma atitude, por menor que seja, mas feita com amor é em vão!! A corda mais forte é composta de pequenos fios a se entrelaçarem... o mais brilhante colar de perolas é mantido unido pela humildade do fio que os prende. Ora, não menosprezemos as pequenas gentilezas em nosso caminho... são tesouros de amor que não nos custa nada distribuirmos. Acreditamos que se possuissimos grandes poderes ou grandes fortunas solucionariamos os problemas das pessoas, quando temos o melhor de todos os recursos em nossas mãos: o amor!! Simples, sereno, sincero... o maior tesouro que podemos conquistar em nossa vida!!! Não ignore os gestos de amor... não pense: ah mas fulana(o) sabe que eu gosto dela, que a amo... sabe como se não demonstramos?? São das nossas ações concretas que firmamos nosso amor, que edificamos a casa de nosso coração na rocha inabalavel que não há vento, tempestade, enxurrada que a derrube!!! Vamos seguir em frente, nessa segunda-feira que promete muita luta... mas que se não vacilarmos em nossas ações de amor, promete tambem muita felicidade!!!! Abraço a todos e muita paz!!!

Diogo Caceres

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

MEDITAÇÃO: ENCONTRO CONSIGO MESMO



"A consciência é muito bem educada. Deixa logo de falar com aqueles que não querem escutar o que ela tem a dizer."
(Samuel Butler – Poeta Inglês)

Onde está escrita a lei de Deus?
— Na consciência.
Questão nº 621 de O Livro dos Espíritos



A agitação da vida moderna... o corre-corre do trabalho e da vida social, as problemáticas familiares, as dificuldades da economia, são alguns dos obstáculos a superar e também origem de diversos males, tanto físicos como mentais, que vem assolando o ser humano.
Cada vez mais ocupado (e até pré-ocupado) com a vida exterior, o homem esquece-se da vida interior, de si mesmo, a ponto, as vezes, de nem mais saber quem é. Mas há um alerta cristão de mais de 2000 anos que ainda ecoa no ar, convidando o homem a despertar: Vigiai e Orai! Vigiar e orar afim de não cair em situações comprometedoras diante da vida e da sua consciência. Sua consciência que é a mais severa juíza de sua vida, pois da consciência em desalinho surgem os medos, as angustias, os remorsos, as depressões, os rancores, etc. Consciência, onde encontramos as respostas para os enigmas de nossa vida e a condutora segura para a mesma. Surgem os conflitos íntimos e angustias como um grito para que voltemos o olhar ao nosso intimo. Que prestemos atenção ao que se passa nos escaninhos de nossa alma, que passemos a nos conhecer, seguindo o alerta do antigo templo de Delfos: Homem, conhece-te a ti mesmo!!!


A meditação é um recurso para o encontro com nossa consciência, para verdadeiramente encontrarmos nosso eu, nos retirando momentaneamente da vida exterior, encontrando assim a saúde física e mental tão almejada. Graças a recentes estudos do cérebro, ela tem sido usada por neurocientistas, psicólogos e outros especialistas como uma valiosa ferramenta, no tratamento de diversas doenças, segundo reportagem do jornal “O Globo”. Quimicamente, a meditação parece estimular uma maior produção de certos neurotransmissores no cérebro, como a dopamina, responsável pelo sentimento de prazer e bem-estar, e a serotonina, ligada à sensação de felicidade - explica o psicólogo e mestre em neurociências da USP, Leonardo Mascaro, que lançou o livro “A arquitetura do eu” em 2007. Isso nos mostra a importância da escolha dos próprios pensamentos, ou seja, da educação mental. Normalmente nossas mentes são inquietas e confusas, abrigando vários pensamentos ao mesmo tempo, emitindo ondas mentais não interligadas e desencontradas, com um gasto de energia nervosa muito grande. Dentre os vários conceitos encontrados sobre meditação, podemos concordar que meditação são todos os momentos da vida vividos em plena consciência. Certo que não é fácil, como dito no inicio do texto. Dificilmente estamos com a atenção voltada para o presente, para o que estamos realizando neste exato momento. Dizem os estudiosos da mente que podemos meditar na ação: quando estiver comendo, coma; quando estiver lendo, leia; quando estiver lavando a louça, lave a louça. Parece um paradoxo, mas pensemos bem, na maioria das vezes quando estamos comendo, nossa mente está em outro local, ou no passado ou em alguma perspectiva de futuro, o que fiz ou o que terei de fazer, não estando presentes no exato momento da refeição. Por isso meditar é estar presente, com a consciência desperta no que se está fazendo. Não é a toa que médicos e especialistas tem aconselhado a pararmos em determinados momentos do dia para entrarmos em contato como o nosso interior e desfrutarmos do momento de relaxamento e bem estar. O principal objetivo prático da meditação é focalizar a mente em um pensamento único e então expandi-la e dirigi-la a estados mais elevados de consciência.


Um exercício prático voltado ao autoconhecimento, relaxamento e energização pode ser feito recolhendo-se a um local a parte, tranqüilo. Sentando-se com as costas retas, respirando fundo, fecha-se os olhos e começa-se a relaxar. Concentre a mente em um pensamento, numa frase, numa imagem, num som, num cenário, etc., de modo que ela se torne estável e dirigida a um só objetivo. Haverá descanso mental, sem perda de energia nervosa, pois os neurônios estarão sincronizados, harmônicos. Enquanto meditamos, podemos encontrar diversos incômodos, sons externos, reclamos do corpo, pensamentos invasores não desejados. Não temos que brigar com tudo isso, simplesmente se registra o incômodo e retorna-se a meditação. Depois que estiver consciente de que pode sustentar o pensamento desejado por um determinado período, é bom seguir o conselho de Emmanuel: “Nossa mente sofre sede de paz, como a terra seca tem necessidade de água fria. Vem a um lugar à parte, no país de ti mesmo, a fim de repousar um pouco. Esquece as fronteiras sociais, os controles domésticos, as incompreensões dos parentes, os assuntos difíceis, os problemas inquietantes, as idéias inferiores. Retira-te dos lugares comuns a que ainda te prendes. Concentra-te, por alguns minutos, em companhia do Cristo, no barco de teus pensamentos mais puros, sobre o mar das preocupações cotidianas... Ele te lavará a mente maculada de aflições. Balsamizará tuas ulceras. Dar-te-á salutares sugestões. Basta que te cales e Sua voz falará no sublime silêncio. Oferece-lhe um coração valoroso na fé e na realização, e Seus braços divinos farão o resto. Regressarás, então, aos círculos de luta revigorado, forte e feliz”.
Todos podemos utilizar, nem que sejam 10 minutos diários para essa viagem interior... seguindo essa estrada de encontro consigo mesmo, com a harmonia e a paz!! Desejo muita alegria a todos e forte abraço!!

Diogo Caceres

Novo desafio... e vamos aos livros!!

Boa tarde meus amigos... retornando com nova postagem!! Dessa vez um MeMe repassado a mim pela querida amiga Jeanne do blog http://conscienciaevida.blogspot.com/, excelente divulgador da doutrina Espirita. Visitem quando puderem amigos!!! Ano passado recebi esse desafio, mas como acho interessante, por divulgar livros, vou posta-lo.

Bem e vamos ao desafio!!

As regras:

1 – Agarrar o livro mais próximo;

2 – Abrir na página 161;

3 – Procurar a quinta frase completa;

4 – Colocar a frase no blog;

5 – Repassar para cinco pessoas;

Olhando para minha mesa, o livro mais próximo a mim é:



"O Evangelho Segundo o Espiritismo"


Vamos agora procurar a página 161... deixe-me ver... procurando a 5º frase... aqui:

"Possam os meus irmãos encarnados crer na voz do amigo que lhes fala e lhes diz: É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida."

-ADOLFO
Bispo de Alger, Bordeaux, 1861

Cumprindo o restante das regras, repasso para os seguintes blogs :






Cumprido o desafio, mas deixo a liberdade de todos postarem ou não o desafio, ok amigos? Liberdade acima de tudo... ah e os demais amigos que visitam essa página que ainda não conheçam os blogs citados, façam uma visita que vão gostar!!!
Grande abraço a todos, fiquem com Deus!!!

Diogo Caceres

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A Amizade

Esses dias atrás, conversava com minha grande amiga Déia (blog Blue Butterfly – http://www.aparakaki.blogspot.com/) e falávamos sobre a importância do afeto e da amizade, quando ela me enviou uma mensagem dizendo que eu poderia escrever sobre o assunto. Resolvi meditar um pouco sobre, por que apesar de todos termos relações amigas, transcrever em linhas os sentimentos por vezes é complicado, pois há sentimentos tão profundos que muitas vezes não se explicam, apenas se sentem!
No livro do Eclesiastes encontramos uma sublime sentença: “quem tem um amigo tem um tesouro”.
Em verdade, podemos considerar essa uma das mais verdadeiras afirmações. Impossível alguém viver isolado, sem convívio e contato com outras pessoas. Isso até a ciência afirma nos dias atuais. Pesquisas médicas indicam que amizades são mesmo fundamentais para a saúde mental e física, segundo matéria publicada na Folha de São Paulo. Gerald Ellison, diretor do serviço de psiconeuroimunologia do Centro de Tratamento de Câncer da América, em Tulsa, Oklahoma (EUA), diz que "sem amizades experimentamos isolamento, solidão, sentimentos associados a doenças. Amigos podem aumentar nossa esperança. E maior esperança está associada a melhor desempenho do sistema imunológico". O escritor e poeta William Blake disse certa vez, “a ave constrói o ninho; a aranha, a teia; o homem, a amizade”, demonstrando como a procura do convívio é praticamente uma lei da natureza. Nada mais natural, do que a ânsia que todos sentimos de encontrar pessoas com quem possamos compartilhar a vida. Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questiona aos Espíritos Amigos, na pergunta 766: A vida social é natural? No qual eles respondem: “Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Deus não deu inutilmente ao homem a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação”. Estamos todos os dias conhecendo e convivendo com todos os tipos de pessoas, por que é uma lei da vida o relacionamento, o convívio, a troca de conhecimentos e quando há a amizade, encontra a relação seu ponto mais sublime, pois ter amigo é também ter um irmão.
Muitos se admiram de como numa mesma família 2 irmãos podem não ter uma boa convivência, quando inúmeros exemplos encontramos de pessoas que ao primeiro contato se tornam “unha e carne” no dizer popular, compartilhando idéias e sentimentos, como se conhecessem-se a anos e partilham de uma união muito pouco encontrada dentro do próprio lar. Inclusive me recordo de certa passagem do Evangelho que relata: E vieram à casa; e concorreu de novo tanta gente, que nem mesmo podiam tomar o alimento. — E quando isto ouviram os seus, saíram para o prender; porque diziam: Ele está furioso. E chegaram sua mãe e seus irmãos, e ficando da parte de fora, o mandaram chamar. — Estava sentado à roda de um crescido número de gente, e lhe disseram: Olha que tua mãe e teus irmãos te buscam aí fora.— E ele respondeu, dizendo: Quem é minha, e quem são meus irmãos? — E olhando para os que estavam sentados à roda de si: Eis aqui, lhes disse, minha mãe e meus irmãos. Porque o que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã e minha mãe. (Marcos, III: 20-21 e 31-35 – Mateus, XII: 46-50).
Óbvio que Jesus não queria desconsiderar a sua família, afinal seus ensinamentos eram baseados na Lei de Amor. Nesse relato Jesus apenas demonstra a diferença entre parentesco corporal e parentesco espiritual. O amigo, o que luta as mesmas lutas ao nosso lado, nada mais é que o nosso irmão de alma (sendo do mesmo sangue ou não). Aquele a quem nutrimos profundo respeito, mesmo que possua maneiras diferentes de agir... por que nos ensina a alteridade, que é o respeito a diferenças. É esse respeito que nos une. É nosso amigo, não por que concorda com tudo que fazemos (muitas vezes é aquele que diz o que os outros não têm coragem de nos dizer), mas que exatamente não tem medo de expressar o que sente e o que pensa, de ser quem realmente é conosco, da mesma forma que podemos ser nós mesmos, sem medo de repúdio. É com quem possuímos profunda afinidade de coração, fazendo parte da mesma família de sentimentos e aspirações, ao contrário muitas vezes daquele que possui o mesmo sangue que o nosso.
O amigo é aquele onde encontramos o ombro para desabafar, porque ele não está com pressa demais para ouvir. É o que pode não resolver nossos problemas, mas que se coloca a tal ponto em nossa situação, que chora conosco as nossas dores. É, enfim, coração que vibra na mesma melodia de carinho e respeito.
A historia está repleta de exemplos de amizade. Conta-se que um soldado dirigiu-se ao seu superior e lhe solicitou permissão para ir buscar um amigo que não voltou do campo de batalha. Permissão negada, respondeu o tenente. Mas o soldado, sabendo que o amigo estava em apuros, ignorou a proibição e foi a sua procura.
Algum tempo depois retornou, mortalmente ferido, transportando o cadáver do seu amigo nos braços. O seu superior estava furioso e o repreendeu: Não disse para você não se arriscar? Eu sabia que a viagem seria inútil! Agora eu perdi dois homens ao invés de um. Diga-me: valeu a pena ir lá para trazer um cadáver?
E o soldado, com o pouco de força que lhe restava, respondeu: Claro que sim, senhor! Quando eu o encontrei ele ainda estava vivo e pôde me dizer: “Tinha certeza que você viria”!
Comovente relato que nos mostra que amizade é companheirismo a toda prova. Aquele companheirismo que nos permite ter a certeza de que não estamos sós no caminho... alias, que permite vermos que nenhum caminho é longo demais, quando se tem amizade. Como disse o próprio Jesus, "não há prova de amor maior que dar a vida por um amigo"!! E há muitas formas de darmos a vida por quem nos entrega o coração: na palavra de incentivo diante do obstáculo, no ouvido compreensivo diante do desabafo, no sorriso que dá esperança de dias melhores, no abraço de coragem que não deixa o colega desfalecer, no perdão sincero que esquece os passos em falso. Tudo isso nos faz tomar parte na mesma grande família da amizade, do respeito e da fraternidade. Família que, dia mais cedo ou mais tarde, se estenderá a toda família humana, não por que seremos todos iguaizinhos no pensar e agir, mas teremos por fundamento de nossa vida o amor ao próximo como a nós mesmos!! Como nos diz o Eclesiastes, ter uma amigo é ter um tesouro... tesouro que podemos cultivar todos os dias, acreditando que sempre vale a pena dar afeto, dar carinho, dar amor. Uma semana de muita paz e amizade a todos... grande abraço!!!


Diogo Caceres

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Responsabilidade e Felicidade

Chegamos a sexta-feira... mais uma semana transcorreu, com muito empenho e perseverança, mas com o pensamento ao Alto, rogando coragem e determinação para os embates de hoje. Não dá para esmorecer, temos que continuar em movimento... a vida as vezes parece com andar de bicicleta. Se você parar de se mover, perde o equilíbrio e cai!!! Então bola para frente, por que tem muito para se aprender hoje.
Tenho percebido muitas vezes como tem surgido o desanimo nas pessoas por causa das dificuldades da vida... eu bem sei que dá mesmo as vezes, mas se simplesmente pararmos e desistirmos da vida, dizermos que as coisas não tem jeito e que o mundo é assim mesmo, como vamos querer uma vida diferente?? Esperamos demais que as coisas a nossa volta mudem, quando é dentro de nós que devem mudar.
Mesmo quando adentramos a uma crença religiosa, temos dificuldade de mudar essa visão de “mudança exterior”. Geralmente entramos nesta ou naquela religião, na expectativa que ela suma com nossos problemas... mas vai passando o tempo e eles continuam no mesmo lugar. Aí já nos sentimos abandonados. Deus não olha por nós, é uma exclamação comum e por aí segue!! Talvez devamos direcionar a expectativa para outro lugar... recordo que certo rapaz que iniciou seus estudos na doutrina Espírita, sentindo-se amargurado por dificuldades, foi procurar conselho com velho trabalhador espírita do centro que passou a freqüentar. Queixou-se o jovem: ah, como me sinto triste e desanimado.. tenho enfrentado tanta incompreensão no seio de minha família, me sinto testado na paciência pelos amigos, a enfermidade bate a minha porta... isso tudo mesmo adentrado a doutrina Espírita. Com a serenidade da experiência de anos de luta, comentou o senhor, enquanto varria o jardim de casa: meu filho, se você levanta no meio da noite... tudo no escuro, de repente dá um tropeção num móvel do quarto... imagine a dor... as vezes justo no dedão, acende rapidamente a luz!! Por um acaso o machucado e a dor somem de imediato? – Ué, claro que não, disse o rapaz. – Estarei apenas vendo melhor onde machuquei para poder tratar! – Ora, pois bem meu filho, da mesma forma, quando adentramos ao Espiritismo, ou a outra religião a qual nos afinizemos, é como se acendêssemos a Luz em nossa Vida para vermos melhor como tratar de nossas dificuldades!!

Em verdade, não deve ser o objetivo de ninguém procurar uma religião ou filosofia desejando que os problemas miraculosamente desapareçam. Assim sempre entrará numa jornada frustrada! As dores, dificuldades do dia-a-dia, decepções, doenças, são lições que a vida nos oferece para que desenvolvamos o espírito imortal que somos. Espírito, aliás, que é a base de qualquer crença espiritualista. Então é a ele que devem ser dirigidos os esforços de melhoria, de entendimento, de renovação, que a Luz da religião oferece para o esclarecimento de nossas consciências.
A doutrina Espírita, que esclarece a necessidade da fé raciocinada, demonstra todos os dias as razões do ser, da vida e da dor. Que está em nossas mãos a construção de nossa felicidade e não na situação a nossa volta. Já não nos cabe dizer mais “se Deus quiser serei feliz, se Deus quiser aquilo, se Deus quiser isso”. Ora, quando foi que Deus nos quis infelizes?? Ele sempre quer nossa felicidade, foi para isso que nos criou. A questão é se nós estamos a construindo de verdade com nossas atitudes, nossas palavras e pensamentos. Por isso Jesus ensinava: ”não esperei o Reino dos Céus em formas exteriores, O Reino de Deus está dentro de vós”!! Jesus foi simples e direto nessa afirmação, agora precisamos ter os “olhos de ver” e os “ouvidos de ouvir” a que ele também se referia, ou seja, uma percepção mais madura da vida, assumindo nossa própria responsabilidade para alcançarmos a felicidade!! Grande abraço a todos e um excelente fim-de-semana!!

Diogo Caceres

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Higiêne mental: segredo do bem-estar físico e espiritual



Tem horas que realmente tudo pesa, tudo fica dificil e sufocante... a mente parece que entrou num turbilhão, onde não encontra um pensamento seguro onde se firmar. É a pressão no trabalho, dificuldades no convivio familiar ou social, contas a pagar, sonhos as vezes frustados... o que leva a escutar inúmeras pessoas dizerem "estou numa fossa". Realmente a pessoa se sente como no meio de detritos, senão organicos e materiais, com certeza mentais e sentimentais. Curioso por que, a tempos somos cientes da necessidade da assepsia, da limpeza, enfim, da higiene. Cuidamos da lavagem de nossa roupa, selecionamos o alimento que vamos ingerir, limpamos nossa casa para deixa-la confortavel, com aquele ar gostoso de lar, tomamos nosso banho mantendo a higiene pessoal, mas dificilmente pensamos na necessidade da higiene mental e sentimental. Recordo que quando menino minha mãe chamava minha atenção "menino não pega isso do chão, não toca naquilo, etc". Nós crescemos e muitas vezes só trocamos as porcarias que andamos pegando. Hoje nós "pegamos" ódio, mágoa, raiva, inveja, tristeza, etc, e demais tranqueiras que vamos encontrando por ai no dia-a-dia. Vamos tratando nossa mente e nosso coração como um daqueles quartinhos dos fundos onde se vai jogando tudo o que é quinquilharia. Aquele que chega uma hora nós temos até medo de abrir, porque pode cair tudo em cima de nossas cabeças. Só que, inevitavelmente, teremos que fazer essa limpeza um dia, antes que se espalhe para o restante da casa. É dai que surgem inúmeras enfermidades por quardarmos "tranqueiras" emocionais. A sede de revidar a ofensa, criando úlceras cruéis e distonias perniciosas.As angustias cultivadas podem gerar crises nervosas, enxaquecas, entre outros males. A inveja, a colera, a competição malsã provocam indigestões, hepatites, diabetes, artrite, hipertensão entre outros disturbios. O desamor pessoal, o complexo de inferioridade, as mágoas, a autopiedade favorecem o câncer de mama, nas mulheres, e de próstata, nos homens, além de disfunções cardiacas, dos infartos brutais e outras doenças. Diante disso é hora de procurarmos a limpeza de nosso intimo.


Momento mais que urgente de fazermos uma varredura em nossa consciência e higieniza-la dos males que nós mesmos cultivamos. Vamos procurar selecionar nossos pensamentos, retirando o pessimismo e as visões desagradáveis. Tiremos do coração as amarguras e decepções. Não foi sem razão que Jesus proferiu em seu sermão da montanha: Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Verão a Deus em sua vida, nos seus afazeres, nas pessoas que estão ao seu redor, porque as janelas da alma não estarão embassadas da poeira do negativismo e das aflições. Estarão abertas para a entrada do Sol do amor e da paz que encontrarão espaço, limpo, arejado em nosso intimo para se assentar. Tenhamos o hábito de encontrar nem que seja 10 minutos diários para fazer uma parte de higiene mental. Nos recolhamos num local mais tranquilo, afastando a mente do mundo lá fora, relaxando nosso corpo, da cabeça aos pés e voltando os olhos para nosso intimo. Purifiquemo-o com a calma e o otimismo, se possivel, coloquemos uma música suave que acalente nossa alma e pensemos em coisas agradaveis, uma paisagem, um sorriso de um amigo, um olhar de ternura, o riso de uma criança... nos deixemos embalar na sensação de paz que decorre de cada imagem e sentimento agradavel durante esses minutos... podemos ficar certos que estaremos muito mais dispostos para enfrentar o dia. No demais, dia-a-dia trabalhemos com afinco, com determinação, depositando amor, fé e esperança, tanto dentro de nossos corações, como fora, em nossas ações. Assim poderemos todos os dias andar mais leves e respirar mais fácil, seguindo com o mais puro amor as situações que a vida nos apresentar.




Diogo Caceres

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Outro desafio... vamos em frente!!!



Boa tarde pessoal... chegando com mais uma postagem... dessa vez é mais um MeMe, repassado a mim pela querida Tatiana do blog www.plantandoamor.blogspot.com/. Valeu pela lembrança amiga e me desculpe demorar tanto a posta-lo!! Bem que venha o MeMe...rsrsrsrs....


As regras são:
1-colocar o link de quem te indicou para o meme,
2-Escrever estas 5 regras antes do seu meme pra deixar a brincadeira mais clara,
3-Contar os 6 fatos aleatórios sobre você,
4-Indicar 6 blogueiros pra continuar o meme,
Avisar para esses blogueiros que eles foram indicados.
*


*
Bem, deixe-me puxar pela memória...


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1 – já mudei muito de residência nessa vida... nasci no Ipiranga em São Paulo ( tambem dei meu grito as margens do Ipiranga...rsrsrsrsrs)!! Daí para frente não paramos mais, morei em São João Climaco, Guarulhos, Vila Carrão (em Sampa de novo)... até em Maceió(AL) minha família morou um tempo!! Depois de tudo viemos parar aqui no interiorzão de São Paulo... vivemos em Marilia e finalmente chegamos na “Menina moça do Vale do Tiete”, Sabino ...rsrsrsrsrs....

2 – Comecei meu gosto pela leitura muito cedo com quadrinhos... não podia passar numa banca que tinha que levar uma...rsrsrsrs... gostava principalmente dos comics de super-herois... o primeiro que li foi uma edição especial dos “X-Men: Deus Ama, o Homem Mata”... para um quadrinho achei muito densa a estória, mas foi o que aos poucos foi despertando o prazer de ler, até eu chegar ao universo dos livros!!

3 – Quando tinha 8 anos, passei férias no sitio de minha tia em Monte Azul Paulista... num fim de tarde meus primos chamavam para brincar e saindo de casa um cão da raça Fila, que tomava conta da propriedade, foi solto e me deu uma tremenda bocanhada no braço... me lembro que foi um tremendo susto, mas o que não mais esqueço é que a fêmea do cão pulou sobre ele lhe dando uma mordida, fazendo ele me soltar!! Até hoje me admiro pela ação de proteção daquele animal... e ainda dizem que animais não tem alma!!

4 – Quando cheguei na pré-adolescência me apaixonei demais por uma colega de classe!! Até ai nada demais, acontece com todo mundo... o dose foi quando inventei de me declarar para ela... foi um mico só com toda a turma da classe observando....rsrsrsrsrs... esse foi um king - Kong para ficar na historia!!!

5 – Desde garoto sempre gostei de desenhar... não podia ver uma folha de sulfite dando sopa, que já ia eu correndo com meus lápis!! Vivia querendo comprar uma caixa da faber de 24 cores, mas nunca dava...rsrsrsrs... chegou um tempo que comecei comprar daquelas revistas que ensinavam o básico de desenho... foi o período em que mais desenhei. Arrisquei até desenhar uns retratos... rsrs

6 – Quando iniciei meus estudos sobre a doutrina Espírita encontrei as respostas para inúmeras questões que me invadiam o intimo: que eu faço aqui, qual meu objetivo, o que é realmente a vida? Meu pai como espírita, me passou o Livro dos Espíritos de Allan kardec, no qual comecei a pesquisar sobre o assunto. Nunca tive pressão para ser espírita, pelo contrário, sempre houve liberdade de consciência em casa... acho que foi o que marcou minha decisão de me aprofundar no assunto, encontrar realmente respeito pelo que penso, sinto e sou!!


Pelas regras tenho que indicar 6 blogs... faço isso, mas deixo a liberdade da pessoa posta-lo ou não, tudo bem? Aqui vão os indicados:









Valeu mais uma vez pelo carinho e atenção de todos que passam aqui por esse blog... desejo que todos tenham uma semana cheia de amor e paz! Abração!!
Diogo Caceres

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Livro... Pão do Espirito!





Nem só de pão vive o homem, foi proferido por Jesus a mais de 2.000 anos. Em verdade precisamos para manter aceso a chama da vida em nosso intimo, mais do que o prato de arroz e feijão... precisamos de algo que nos alimente os sentimentos e os pensamentos e um dos mais nutritivos alimentos é o livro.
Quando menino lia muito quadrinhos... gostava muito daquelas estórias de super-heróis, me atraiam muito os quadrinhos americanos e os mangas japoneses... mas foi quando adentrei ao caminho dos livros que meus pensamentos se expandiram além do horizonte. Encontrei um mundo novo, onde realmente descobri que o impossível não existe para uma mente aberta ao novo, ao aprendizado. O primeiro livro que li foi Dom Casmurro de Machado de Assis, por volta dos meus 11 anos e em meio a leitura envolvente da história de Bentinho e Capitu (que me deixava com a pulga atrás da orelha sobre a traição ou não de Capitu) não consegui mais abandonar o chamado dos livros.
Passaram-se os anos e a vida deu muitas voltas, mas os livros continuavam a me abrir novos mundos, novos sonhos... alimentavam meu espirito com o desejo de conhecer e adquirir experiência. Em várias páginas encontrei respostas para minhas indagações mais profundas, como no caso de O Livro dos Espiritos, que meu pai me deu quando menino. O que me aguçou mais ainda os sentidos para a importancia do conhecimento não só de fora, mas principalmente o de dentro, de nosso intimo. Como disse Francis Bacon (politico e filosofo inglês, tambem considerado fundador da ciência moderna): "Saber é poder". Não sobre os outros, como tolamente pretensos intelectuais podem julgar. Mas poder sobre nós mesmos, sobre nossa percepção da vida e de seu objetivo. A cada página que viramos de uma boa leitura abrimos os nossos olhos para as maravilhas que podemos realizar em nós e como consequência, no mundo a nossa volta. "A leitura completa o homem, a aula prepara-o, a escrita torna-o exato", tambem afirmou Bacon. Questionando, assim, o valor do conhecimento meramente contemplativo ou teórico, deixa claro que cabe aos homens tomar uma atitude construtiva diante da vida e a educação é o instrumento para alcançar essa atitude. Não falo aqui só da educação cultural e intelectual, mas principalmente da educação moral. Comenta Allan Kardec em O Livro dos Espiritos, na questão 917: "Louváveis esforços são feitos, sem dúvida, para ajudar a Humanidade a avançar; encorajam-se, estimulam-se, honram-se os bons sentimentos, hoje mais do que em qualquer outra época, e, não obstante, o verme devorador do egoísmo continua a ser a praga social.(...)A cura poderá ser prolongada porque as causas são numerosas, mas não é impossível. De resto, não se chegará a esse ponto se não se atacar o mal pela raiz, ou seja, pela educação. Não essa educação que tende a fazer homens instruídos, mas a que tende a fazer homens de bem. A educação, se for bem compreendida, será a chave do progresso moral, quando se conhecer a arte de manejar os caracteres como se conhece a de manejar as inteligências, poder-se-á endireitá-los, da mesma maneira como se endireitam as plantas novas"

Portanto de nada adianta-nos, tambem, devorarmos pilhas e pilhas de livros e não aplicarmos em nossa vida uma educação que nos ajude a sermos mais fraternos, mais unidos e mais resistentes aos embates da vida. O homem pode ter todo o conhecimento do mundo, mas de nada vale se ele não utiliza-lo para o bem de todos. Não procurar expandir a necessidade de aprendizado com as lutas do caminho, de iluminação interior do homem para que ele passe a iluminar o ambiente onde vive é desconhecer a vida, é não viver. Aldous Huxley, grande escritor inglês, afirmou "experiência não é aquilo que você sabe, mas sim o que você faz com aquilo que sabe". Verdadeiro saber, verdadeiro viver é aplicar as descobertas que vamos fazendo nos livros e nas situações da vida, na verdadeira fraternidade que busca não mais o "eu", mas o "nós".
Todo o nosso caminho na terra é um grande aprendizado, somos alunos caminhando, passo-a-passo, para a descoberta de nós mesmos e o pão do espirito, o livro, é uma das mais excelentes portas para essa descoberta, porque nos tira das mesquinhezas e banalidades para nos transportar para um mundo onde tudo é possivel de se realizar. Mas isso quando nos faz sonhar e colocar em execução o nosso sonho.
Termino estas linhas já com o olhar sob uma bela edição de Desassossego de Bernardo Soares ( Heterônimo de Fernando Pessoa ), na esperança que ele me acrescente algo e eu acrescente algo na vida de alguém. Mas me fala alto ao coração a esperança de quem possa passar os olhos por esses pensamentos aqui transcritos, sinta desabrochar uma vontade de conhecer o universo dos livros, seja um romance, sejam poemas, seja filosofia, seja humor... não importa, desde que desperte essa sede de conhecer, de imaginar e de adquirir a verdadeira experiência, aplicando o que você sabe a favor de todos que estejam a sua volta. Grande abraço a todos!!!


Diogo Caceres

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Os Sete Pecados?!

Boa tarde amigos!! Hoje estou postando um MEME repassado para mim pelo amigo Franciney do blog - http://ladopensante.blogspot.com/. Valeu Franciney!!! Esses MeMes são sempre uma maneira de se conhecer um pouco mais o blogueiro, então aqui vai:


Sete Pecados


1) Gula: consiste em comer além do necessário e a toda hora
2) Avareza: é a cobiça de bens materiais e dinheiro
3) Inveja: desejar atributos, status, posse e habilidades de outra pessoa
4) Ira: é a junção dos sentimentos de raiva, ódio, rancor que às vezes é incontrolável
5) Soberba: é caracterizado pela falta de humildade de uma pessoa, alguém que se acha auto-suficiente
6) Luxúria: apego aos prazeres carnais
7) Preguiça: aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico.


Regras:
Passar para 8 blogs.
Avisar e Linkar os blogs escolhidos.
Publicar suas respostas no blog.

Bem, então vamos aos pecadinhos...rsrsrsr...




1)Gula: Uhnn, na verdade sempre tive pouco apetite... nessa área creio que minha maior falhar sempre foi o excesso com os refrigerantes!! Confesso que tenho que me controlar mais...rsrsrsrs...

2)Avareza: Paixão pelo dinheiro não é meu fraco ( pelo menos nessa vida...rsrsrsrs ). Na verdade cada vez que percebo como tudo o de material é efemero, passageiro, vou me desligando mais ainda.
Dinheiro tem sim seu papel em nossa vida, nem acho que ele seja causa do mal, mas sim nossa postura diante dele... ele é um instrumento, o uso que fazemos dele é responsabilidade nossa!!!



3)Inveja: Não posso ser hipócrita e dizer que nunca tive vontade de possuir qualidades que observei em outras pessoas... acho que é uma questão de ver como esse sentimento está sendo trabalhado no nosso dia-a-dia. Procuro sempre transformar em motivação para ser um ser humano melhor... não querer ocupar o lugar da pessoa que vejo superior a mim, mas um dia estar ao seu lado em qualidades... ninguem tem que superar o outro, mas superar a si mesmo. É assim que trabalho esse sentimento na minah vida.

4)Ira: Já tive momentos de impaciência como todo mundo, mas procuro manter o controle sobre meu temperamento. Ao invés do sentimento me dominar eu domino meus sentimentos. Acredito que por isso nunca tive descontroles ou discussões sérias com ninguém... a paciência é realmente uma ciência da paz que tenho procurado aprender todos os dias!!!!

5)Soberba: Quanto mais eu me conheço, mais percebo o quanto preciso dos outros. Basta lembrar do pãozinho de cada dia para ver que não sou auto-suficiente, que inúmeras pessoas no dia-a-dia me auxiliam (mesmo que indiretamente). Então como vou me achar superior a alguém?? Todos somos interdependentes!!

6)Luxúria: Acho que na adolescência (com hormônios a flor da pele..rsrsrs) me deixei levar mais pelas questões do corpo, atração sexual, coisa e tal... claro que o sexo é importante na vida das pessoas, mas hoje vejo que não é o principal numa relação. Aliás, uma relação baseada só nisso, já começou errada e não tem muito futuro.

7) Preguiça: Ih, claro que tenho meus momentos em que quero só relaxare não pensar em nada... mas passar a vida assim já é demais...rsrsrsrs... trabalho é uma lei da vida, não dá para querer fugir dele, até porque sem trabalho não haveria evolução, aprendizado, enfim, não haveria vida!!!


Agora repasso o MeMe para os seguintes blogs( claro que ficam a vontade para postar ou não, ok amigos?):









Mais um MeMe respondido e desejo a todos muita alegria e paz... abração!!!


Diogo Caceres

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

DEUS

Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta. (Isaac Newton)

Que é Deus?
R: Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas.
- Questão nº 01 de O Livro dos Espíritos

Desde os tempos mais remotos, quando começaram a surgir os agrupamento humanos e o homem começou a raciocinar, surgiu também a idéia de um Poder Superior, de um Deus criador da Vida. No inicio a concepção de Deus estava nas manifestações da natureza. As tribos viam a divindade diante dos ventos, nas tempestades, nos raios (como tribos indígenas brasileiras que veneravam Tupã) e mesmo animais (através dos Totens). Tudo que o homem considerava sobrenatural ou extraordinário considerava ser um deus. Mais tarde começou a conceber a presença divina através de diversos panteões de deuses (como os gregos e romanos), que, em geral, representavam os desejos e paixões humanas, como Afrodite, a deusa do amor ou Ares, deus da guerra. Mas é através das lutas e desventuras do povo hebreu que é apresentado ao mundo uma nova idéia de divindade, O Deus Único, criador de tudo quanto existe.
Através das diversas imigrações e cativeiros impostos aos hebreus, passa-se a transmitir essa concepção divina. Mas é através dos ensinamentos do Meigo Rabi da Galileia, Jesus, que se eleva de fato o entendimento de Deus. Até então o povo “escolhido” apresentava Adonai, ou Jeová, o Senhor dos Exércitos, que vingava-se até a quarta geração e determinava que os judeus passassem a fio de espada, em terra inimiga, tudo o que tivesse fôlego! Mas com Jesus, Deus nos é apresentado de maneira inédita. Vemos isso claramente quando um grupo de seguidores de sua mensagem de Amor, se achegando a ele lhe pedem: Senhor, ensina-nos a orar. Jesus lhes responde: quando orardes fazeis assim: Pai nosso que estás nos Céus... Deus nos é apresentado como um Pai, não mais o poderoso e vingativo senhor dos exércitos, que castiga, que derrama sua ira, mas sim uma Presença Amorosa, Solicita, Educadora, que rege a vido no Infinito Bem, Misericórdia e Justiça, muito além de qualquer paixão humana.

Mais clara fica essa Infinitude Divina, quando na Codificação dos ensinos dos Espíritos, Allan Kardec faz a seguinte pergunta: Que é Deus? Normalmente se perguntaria “quem é Deus”? Só que há uma diferença entre os pronomes que e quem. O pronome quem implica em identificação. O pronome que define atividade, condição, qualificação. Com essa questão retira-se aquela imagem do deus humano, sentado talvez num trono em meio a nuvens. Qual sua origem, idade, natureza intima? Dão a Kardec a resposta que estamos prontos a compreender: Deus é a Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas.
Disse o poeta Mariano Jose Pereira de Fonseca “quando quiseres indagar a respeito dos mistérios do Céu, sonda o segredo divino que palpita na flor”. Realmente basta observarmos a natureza a nossa volta para percebermos a existencia de uma Inteligência Maior... dizem os Espíritos a Kardec que para encontrar provas da existência de Deus basta apenas seguirmos uma máxima cientifica: não há efeito sem causa. Observemos a causa de tudo que não é obra do homem e a razão nos responderá. Em tudo a natureza nos mostra uma ordem, uma coordenação perfeita, uma harmonia que só demonstra ser efeito de uma Causa Inteligente: Deus, o Criador, o Pai Amoroso que Jesus nos apresentou.
Para crermos que não estamos jamais sós e que essa Presença Divina está a nos orientar, basta muitas vezes olharmos para o céu, como nos mostra o Espírito Meimei no livro Idéias e Ilustrações, através da psicografia de Francisco C. Xavier:
Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:
- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu:
- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
- Como assim? - indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-se:
- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
- Pela letra.
- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?
-Pela marca do ourives.
O empregado sorriu e acrescentou:
- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
- Pelos rastros -- respondeu o chefe, surpreendido.
Então,o velho crente convidou-o para ir fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:
- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.

Possa o Pai Amado sempre nos iluminar a senda e que nesse ano que se inicia possamos, por nossa vez, abrirmos a janela de nossa alma para que sua luz possa adentrar... grande abraço a todos!!!

Diogo Caceres